Menina de escola primária desenvolve ideia de robô que recolhe lixo plástico no mar e vence concurso no Japão

Desenho do projeto exibe um robô com câmera, braços e iluminação, que seria controlado por um aplicativo de smartphone.

Divulgacão: Sea Cleaning Robo.

Buscar soluções para o problema do lixo nos oceanos é uma pauta de urgência para os tempos atuais. 

Um estudo do instituto  Pew Charitable Trusts indicou que a quantidade de lixo plástico que vai para os oceanos todos os anos deve subir de 11 milhões de toneladas para 29 milhões em 2040, caso nenhuma medida efetiva seja tomada.

No Japão, o concurso de ideias Junior Bumon, com o tema limpeza dos oceanos, contou com 75 inscrições de jovens e crianças. O desafio era desenvolver a ideia de um robô capaz de detectar o lixo nos mares e ajudar na limpeza.

Segundo uma reportagem da emissora Fuji, no início de novembro, a organização anunciou a grande vencedora: Mayu Kobayashi, uma menina que estuda em uma escola primária em Nagasaki.

Robô controlado por aplicativo

A  ideia de Mayu leva em conta o contexto atual, em que muitas atividades passaram a ser controladas a partir de aplicativos. A garota pensou em uma estação de coleta de lixo, com robôs que podem ser facilmente controlados através do uso de um smartphone.

O robô da estudante conta com uma hélice de submarino, quatro braços frontais, iluminação e uma câmera também frontal para visualizar o lixo. O comando para a coleta e a atividade seria conduzida pelo aplicativo.

A menina ficou feliz e surpresa com a vitória no concurso e comentou:

“Não pensei que fosse ganhar o primeiro lugar. Estou muito feliz. Espero que o robô que eu pensei possa ser desenvolvido no futuro”.

Não se sabe o quanto a ideia da menina é viável na prática e se alguma organização estará disposta a tentar desenvolver. No entanto, o concurso que fez com que mais de 70 crianças e jovens pensassem na problemática do lixo plástico, contribuiu com a conscientização indispensável nas gerações atuais e futuras.

Autor: Ana Paula Ramos

Jornalista e escritora, Ana tem sete anos de experiência no Japão, atuando como repórter na comunidade brasileira e como freelancer. Ela é a fundadora do Japão sem Tarjas e criadora do grupo ambiental "Por que você também não faz?". Em outubro de 2020, publicou o primeiro livro, "O Oitavo Andar", um suspense que se passa na cidade de Gramado. Em 2022 publicou o segundo livro, "O Diário da Minha Vida Ingrata", uma fantasia criada a partir de uma história real.

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